A fabricação de aço bruto no Brasil neste ano deve apresentar retração de 1,1% frente 2011, para 34,819 milhões de toneladas, conforme dados divulgados hoje pelo Instituto Aço Brasil (IABr). A projeção de queda seria a primeira retração desde 2009 e a segunda nos últimos sete anos.
A queda prevista para este ano é resultado de uma super oferta no mercado mundial de 529 milhões de toneladas de aço com reflexos no mercado brasileiro, segundo o presidente do IABr, Marco Polo de Mello Lopes. A demanda do mercado interno também opera a ritmo muito fraco, disse o executivo.
As vendas internas no ano devem subir 1,3% frente ao ano passado, para 21,710 milhões de toneladas. Já o consumo aparente deve fechar o ano com alta de 1,1% frente 2011, para 25,297 milhões de toneladas.
O IABr também apresentou as previsões para o comércio exterior. As exportações de aço bruto devem apresentar queda de 10,9% este ano frente ao ano anterior, para 9,6 milhões de toneladas. Já as importações devem apresentar alta de 0,9%, no mesmo período, para 3,8 milhões de toneladas.
A capacidade instalada para a produção de aço bruto em 2013 é de 48,9 milhões de toneladas. Devido ao cenário indefinido do mercado de aço, o IABr não está fez previsão de produção brasileira de aço bruto para 2013.
A previsão para as vendas internas em 2013 é de alta de 7,7% frente 2011, para 23,390 milhões de toneladas. Já o consumo aparente, a previsão é de alta de 4,3%, no mesmo período, para 26,380 milhões de toneladas.
“Com a correção das assimetrias tributárias, cambio mais realista e mecanismos de defesa comercial adequados, a indústria brasileira do aço volta a evidenciar sua alta competitividade estrutural”, disse Lopes.
De acordo com o executivo, 2012 foi um ano difícil, mas há expectativa de melhora para 2013 porque já houve a recuperação do market share perdido com importações, tendo em vista o início dos resultados das medidas do governo. “Em 2013, as vendas das usinas devem voltar pela primeira vez ao patamar de 2008, avaliou o executivo.